Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de julho, 2016

Os desafios do movimento estudantil: Entrevista com Bruno Chancharulo

Entrevistamos Bruno Chancharulo, um jovem de 20 anos de idade militante do movimento estudantil, estudante de Direito na UNIP, um dos coordenadores do coletivo Domínio Público na Baixada Santista.  Confira essa entrevista sobre a atual realidade e desafios do movimento estudantil em nossa região e no Brasil como um todo.  JS - Bruno, como começou sua militância no movimento estudantil? Bruno: Comecei a atuar no ensino médio, acabei conhecendo o coletivo Domínio Público e me identifiquei com a proposta de independência autonomia do movimento, sigo participando da construção deste coletivo até hoje. Na explosão das jornadas de junho de 2013, quando a população saiu às ruas, vimos a necessidade de construir uma entidade estudantil capaz de realmente representar os estudantes de Mongaguá, cidade em que estudei o ensino médio. Fizemos diversas reuniões com outros grêmios e fundamos a entidade. Foi uma ano de muitas lutas, enfrentamos a prefeitura por suas imposições autorit

Algumas questões fundamentais sobre o "escola sem partido"

É fundamental sabermos que: Toda ideia, proposta ou projeto que se apresente como "sem partido”, é invariavelmente uma proposta partidária. Via de regra, conservadora e reacionária, uma ideologia perigosa que tenta esconder seu caráter ideológico, autoritário e retrogrado. Assim são as inciativas como o "escola sem partido" e todas as outras propostas que utilizam esta denominação. Partido não é apenas legenda partidária, vai muito além disso, a rigor todos somos pessoas de partido, todos tomamos partido e defendemos ou repudiamos uma série de práticas ou ideias. A ditadura do partido/pensamento único já produziu e ainda produz muitas vítimas no mundo todo, tudo isso em nome do ódio e da intolerância, disfarçados de "neutralidade". E é isso o que representam estas iniciativas obscuras, que vão na contramão de todo avanço pedagógico, democrático e cientifico. Os proponentes da escola supostamente “sem partido” são partidários da intolerância e da ignorância

Melhor cidade... para quem?

No final do ano passado, a empresa de consultoria econômica Delta Economics e Finance divulgou o ranking das cem melhores cidades brasileiras para se viver, colocando Santos na primeira posição e destacando-a como a melhor cidade do Brasil. Mas para quem reside em Santos, embora reconheça suas qualidades, sabe que vivemos em uma cidade marcada por profundas contradições. Ignorar deliberadamente a realidade da especulação imobiliária, dos problemas ambientais, da mobilidade urbana e dos serviços públicos em colapso, como o sistema de saúde, enquanto se tenta vender a ideia simplista de “melhor cidade”, equivale a negar a existência da desigualdade social e dos diversos problemas que a afetam. Além disso, essa abordagem mascara como esses problemas se distribuem no espaço urbano, perpetuando a invisibilidade das camadas mais vulneráveis da população. Existe uma ou várias faces de Santos? A praia, os morros e a Zona Noroeste compartilham do mesmo status de desenvolvimento? E o que dizer d

Professor da Unifesp fala sobre fenômeno do mar fluorescente

O curioso fenômeno das ondas fluorescentes tem gerado polêmica entre os moradores da baixada santista nas últimas semanas. Afim de entender melhor o que tem acontecido o Jornal Santista entrevistou o professor Jose Juan Alba que é especialista em oceanografia biológica e professor de ciências do mar na Unifesp. Foto de Lucas Ettore Chiereguini - Ciências do Mar Professor, o que tem produzido esse fenômeno, é uma alga, animal ou planta? O fenômeno se denomina bioluminescência e acontece devido à presença de organismos planctônicos bioluminescentes em grande densidade. O organismo responsável foi um dinoflagelado heterotrófico (não faz fotossíntese) denominado Noctiluca scintillans, cujo tamanho geralmente varia entre 0,2 e 1 mm. A luz produzida por ele é resultado da oxidação da luciferina catalisada pela enzima luciferase quando o organismo é submetido a um estímulo mecânico, como podem ser as ondas, passagem de embarcações, etc. Quais são as hipótese

Foto de Michel Temer vira alvo de flechadas na aldeia Paranapuã

Foi com uma boa dose de humor que uma índia da aldeia Paranapuã (São Vicente) postou nas redes um protesto simbólico: uma imagem onde atirava flechas contra uma foto com o rosto do presidente interino Michel Temer (PMDB). Os Indígenas da aldeia Paranapuã lutam contra a forte opressão da especulação imobiliária que os tenta expulsar do local onde desde 2006 estabeleceram sua aldeia. Sobre a causa dos povos indígenas na Baixada  Poucas pessoas sabem mas existem diversas aldeias indígenas na Baixada Santista. O povo que aqui habitava, foi expulso e assassinado pelos invasores europeus, mas nunca deixou de lutar e resistir. A luta de resistência deste povo já tem mais de 500 anos . A invasão portuguesa começou pela hoje chamada Baixada Santista. E é muito importante e carregado de simbologia, termos uma aldeia Indígena na cidade de São Vicente, e diversas em várias cidades da região. O povo Guarani reocupa suas terras e enfrenta a opressão da especulação imobiliá

Mostra de arte e feminista acontece em Santos

Quem visitar o Teatro Municipal de Santos no próximo dia 10 terá a oportunidade de apreciar a I Mostra de Arte Feminista "Lugar de Mulher". Organizada pela Marcha das Vadias da Baixada Santista, a mostra irá promover uma ocupação artística e cultural do Teatro Municipal Patrícia Galvão, reunindo trabalhos criados por mulheres. Eventos como esse têm a força de unir a arte à resistência e abrem espaço para que se dialogue sobre temas importantes, como a luta e a resistência da mulher na sociedade, bem como traz implícita uma reflexão sobre o papel da arte nos dias de hoje - cabe pensar a arte apenas como algo esteticamente belo e decorativo? A resposta é não. A arte é uma construção social que pode e deve criar situações em que o apreciador seja levado a questionar suas convicções, seus limites e seus tabus.  No evento será possível apreciar várias manifestações artísticas - da poesia à Dança, passando pelo artesanato, graffiti, fotografia, pintura e tatuagem. Out