por Valério Paiva* Aos 80 anos de idade, Ken Loach poderia estar desfrutando de uma aposentadoria, mas talvez o desmonte do sistema de seguridade social britânico o impediriam de ter tranquilidade na velhice. Essa premissa é apenas uma hipótese se o cineasta de Warwickshire não continuasse trabalhando. E seu trabalho jamais deve servir para justificar os defensores do fim do Estado de bem-estar social na Grã-Bretanha, afinal Ken Loach não precisa de seus filmes para sobreviver. Mas talvez nós precisássemos de sua produção para pensar na hipocrisia de nossa sociedade. Seu ultimo trabalho, “Eu, Daniel Blake”, é um soco no estômago necessário para muitos de nós passassem a perceber como o capitalismo e seus defensores tratam a população que mais precisa da assistência social que o Estado passou a administrar após mais de um século de lutas dos trabalhadores para conquistar direitos. E está sendo desmontado desde a década de 80 no Reino Unido com a ascensão do governo conservador
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