por Gilson Amaro
Confundir
pra dominar é uma técnica, assim o governo Temer lançou, dentre muitas cortinas
de fumaça, a do imposto sindical, para confundir a opinião pública sobre a luta
contra a destruição da CLT e retirada de direitos trabalhistas, como se este
movimento fosse em defesa do dito imposto. Chegou ao absurdo de dizer que a
greve geral tinha este motivo.
Todas entidades
sindicais devem ser mantidas unicamente com a contribuição voluntária dos
trabalhadores, ocorre que diversas organizações pelegas ( vocês conhecem bem os
nomes destes grupos), vivem exclusivamente deste imposto. O imposto permite a
existência de direções sindicais inimigas dos trabalhadores e a manutenção
sindicatos não reconhecidos por suas bases, que não as representa de fato. O
imposto é um dos elementos da crise do sindicalismo no Brasil.
Ele foi criado em
1939 e teve o objetivo de atrelar as entidades sindicais ao Estado. Entidades
independentes e combativas rechaçam o Imposto Sindical e quando a cobrança
ocorre, devolvem os valores aos sindicalizados, pois por princípio defendem
autonomia e independência em relação ao Estado, bom exemplo desta prática é o
Sintrajud.
Portanto não confunda
as coisas. Lutar em defesa dos direitos trabalhistas, não significa, e em
hipótese alguma, pode significar, defender o imposto sindical.
Gilson Amaro é colabrador do Jornal Santista