Faltam poucos dias para a 4ª Marcha da Maconha em Santos, a manifestação pela descriminalização e legalização da erva, que vai acontecer no dia 19 de maio (sábado), com concentração às 14h30, na Praça da Independência, seguida de passeata em direção ao Emissário submarino, saindo às 16h20. Este ano, o tema da Marcha da Maconha da Baixada Santista é “Cannabis é medicinal. A guerra às drogas mata!”.
Nos últimos meses, ativistas que constroem a Marcha têm realizado oficinas artísticas para prepará-la. As oficinas têm o intuito de conscientizar e quebrar tabus sobre a maconha, também de produzir faixas e decorações para a manifestação, por meio de um formato descontraído, trazendo arte, cultura e coletividade. Elas foram realizadas no CES e, posteriormente, na Unifesp.
A proibição das drogas é responsável direta por um número cada vez mais difícil de contabilizar de mortes decorrentes dos conflitos entre traficantes e Polícia Militar, além de também ser responsável pelo desastre da superlotação do sistema carcerário. A guerra às drogas mata criminosos, policiais e inocentes todos os dias e sem produzir nenhuma mudança na estrutura do narcotráfico.
Em 2006, no Brasil, foi aprovada a nova Lei de Drogas. Na época, 401.236 pessoas estavam na cadeia e o Brasil era o 4º com maior número de encarceramentos no mundo. Passados 11 anos, o número de presos dobrou e hoje o Brasil é o 3º país que mais prende gente. Um em cada três responde por tráfico de drogas. Dos 726 mil detentos, 40% não foram julgados — ou seja, estão ilegalmente presos, sem nunca terem sido condenados.
O número de prisões por tráfico saltou de 31 mil para 138 mil, o que corresponde a 25% das pessoas presas no país. A maioria é de jovens negros de periferia, que portavam menos de 5g de maconha, e sem antecedentes criminais. Para as mulheres, o cenário é ainda pior: 63% das presas estão encarceradas por tráfico de drogas.
Em termos históricos, a primeira lei proibindo maconha conhecida no Brasil é de 1830, e dá uma pista sobre as razões da proibição da maconha: ela era proibida aos escravos, era proibido o “pito de pongo” (“pito” de fumar e “pongo”, como a maconha era chamada na época). Depois, no início do século XX, a proibição está relacionada a uma estratégia de criminalização da cultura negra no Brasil (o samba, a capoeira, o candomblé e a umbanda também foram proibidos).
Nos últimos meses, ativistas que constroem a Marcha têm realizado oficinas artísticas para prepará-la. As oficinas têm o intuito de conscientizar e quebrar tabus sobre a maconha, também de produzir faixas e decorações para a manifestação, por meio de um formato descontraído, trazendo arte, cultura e coletividade. Elas foram realizadas no CES e, posteriormente, na Unifesp.
A Raiz do problema
Em 2006, no Brasil, foi aprovada a nova Lei de Drogas. Na época, 401.236 pessoas estavam na cadeia e o Brasil era o 4º com maior número de encarceramentos no mundo. Passados 11 anos, o número de presos dobrou e hoje o Brasil é o 3º país que mais prende gente. Um em cada três responde por tráfico de drogas. Dos 726 mil detentos, 40% não foram julgados — ou seja, estão ilegalmente presos, sem nunca terem sido condenados.
O número de prisões por tráfico saltou de 31 mil para 138 mil, o que corresponde a 25% das pessoas presas no país. A maioria é de jovens negros de periferia, que portavam menos de 5g de maconha, e sem antecedentes criminais. Para as mulheres, o cenário é ainda pior: 63% das presas estão encarceradas por tráfico de drogas.
Em termos históricos, a primeira lei proibindo maconha conhecida no Brasil é de 1830, e dá uma pista sobre as razões da proibição da maconha: ela era proibida aos escravos, era proibido o “pito de pongo” (“pito” de fumar e “pongo”, como a maconha era chamada na época). Depois, no início do século XX, a proibição está relacionada a uma estratégia de criminalização da cultura negra no Brasil (o samba, a capoeira, o candomblé e a umbanda também foram proibidos).
Anote aí: Sábado, 19 de maio às 14h30 na Praça da Independência
Para mais informações acesse o evento e a página da Marcha:
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