por Gilson Amaro*
Geddel Vieira Lima (PMDB), braço-direito de Michel Temer, foi preso novamente na manhã desta sexta-feira 08/09, após 51 milhões de reais, em espécie, terem sido encontrados em apartamento com suas digitais. Ele estava em "prisão domiciliar".
Geddel mais que braço direito de Temer, é um tipo muito comum no "partido da ordem", prestando serviços para a manutenção do status quo, desde tempos que precedem a nova república. Também foi ministro da Integração Nacional de Lula, entre 2007 e 2010, baluarte da transposição do Rio São Francisco.
Após trabalhos prestados no governo Lula, ele foi vice-presidente de Pessoa Jurídica na Caixa entre 2011 e 2013, sim, no governo Dilma e em 2017, Geddel passou a integrar oficialmente o governo Temer como ministro da Secretaria do Governo.
Esta é a história recente, mas tem muita coisa passada, “anões” do orçamento, caso do Iphan, e muitos outros escândalos no currículo deste doutor em fisiologia e clientelismo.
Não podemos ter ilusões com o poder judiciário ou com as facções do partido da ordem -hoje em luta pelos postos de comando na gerência do sistema. A grande questão não é o que Geddel sabe, e sim, ele conhece muito sobre FHC, Lula, Dilma e Temer, mas o que realmente importa é que Geddel expressa a falência e a necessidade de superação da nova república.
Se mudança não for na essência da prática e programa político, novos Geddels surgirão, do mesmo modo que novas facções do "partido da ordem"( sejam da ex-querda ou da velha nova direita) irão prosperar.
Para nós a tarefa é mudar de fato, romper com tudo isso e muito mais.
*Gilson Amaro é colaborador do JS